A importância dos enfermeiros no atendimento aos pacientes de Covid-19

O que seria do mundo sem os profissionais de enfermagem? Sabemos que seguir essa área não é uma escolha simples. É preciso muita dedicação, estudo e, principalmente, vontade de fazer a diferença! Afinal, um enfermeiro possui a delicada tarefa de lidar com vidas diariamente, exigindo muita empatia e amor pela profissão.

A assessoria de comunicação do Hospital Geral conversou com alguns profissionais para a reportagem especial para este dia 12 de maio, Dia Mundial da Enfermagem.  Os enfermeiros se emocionaram ao falar do trabalho realizado durante a pandemia da Covid-19.

Lembrando que esta data foi escolhida em homenagem à Florence Nightingale, nascida em 12 de maio de 1820 e considerada a “mãe” da enfermagem moderna. No Brasil, a data também lembra Ana Néri, primeira enfermeira brasileira a se alistar voluntariamente em combates militares.

A supervisora da enfermagem noturna do Hospital Geral e Maternidade de Cuiabá (HG), Lídia Batista explica que mesmo após mais de um ano trabalhando na linha de frente, ela ainda tem medo de levar o vírus para casa e contaminar a família.

Lídia relata que o início da pandemia, de fato, foi muito desgastante, principalmente, na parte psicológica porque presenciamos muitas cenas chocantes, o que me deixou muito cansada e abalada. “Eu só quero que as pessoas se conscientizem sobre essa doença. Eu, que trabalho num hospital, tenho a noção do estrago que ela faz”.

Segundo a enfermeira, são altos e baixos diários durante os atendimentos de pessoas contaminadas. "São momentos muito difíceis, de incerteza e medo. A nossa equipe está toda aqui, lutando contra esse vírus. Todos ajudando de alguma forma. Por isso, ainda pedimos à população para manter o distanciamento, porque ninguém está imune de pegar essa doença. Precisamos que todos tenham empatia e pensem no coletivo de uma forma geral”, disse.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os enfermeiros representam mais da metade dos profissionais de saúde em atuação. Há 28 milhões desses profissionais, que ficam na linha de frente na luta contra pandemias e epidemias que ameaçam a saúde global.

A OMS reforça que é preciso aprimorar a formação desses profissionais e também capacitá-los para cargos de lideranças. Para reforçar o chamado, a OMS elegeu no ano passado como o ano internacional dos profissionais de enfermagem e obstetrícia.

A enfermeira que atua na Unidade de Terapia Intensiva do HG, Thais Bianchi relata que o trabalho dos enfermeiros e técnicos de enfermagem são exaustivos, porque muitos profissionais trabalham em mais de um emprego. “Esse ano quando tivemos o pico da Covid-19, trabalhávamos dia e noite na tentativa incessante de salvar vidas e plantões seguidos em hospitais lotados. O resultado foi a exaustão de muitos profissionais da enfermagem que trabalharam quase que sem parar nas alas com pacientes contaminados pelo coronavírus”.

Thaís destaca que a rotina dos profissionais da enfermagem é de extrema importância nos hospitais e estabelecimentos de saúde. “São os enfermeiros e técnicos os responsáveis por cuidar diretamente da medicação, da alimentação, do banho e dos equipamentos que mantêm os sinais vitais dos internados nos leitos de UTI. Então, não tem como não homenagearmos esses profissionais que dão às suas vidas pelos pacientes”, afirmou.

O gerente de enfermagem do HG, Enzio Luiz Borba Poleto conta que já passou por diversos setores na enfermagem do hospital, até ser promovido como gerente. Ele destaca que a equipe precisou se adaptar conforme a pandemia foi se agravando, não só nas questões práticas, como também nas emocionais e pessoais.

Ele foi um dos milhares de brasileiros que perderam amigos muito próximos para a Covid-19 ao longo dos meses de pandemia, apesar dos cuidados tomados. "É muito difícil. É uma sensação de impotência", desabafa Enzio, onde a enfermagem atende pacientes com a mesma doença”.

O enfermeiro Michel de Souza Faria, conta que começou a trabalhar no Hospital Geral como maqueiro e ao longo dos seus oito anos se apaixonou pela profissão de enfermagem. Hoje ele é enfermeiro e trabalha com a equipe noturna.

“Os cuidados para evitar a contaminação foram redobrados. Ele relatou que trabalhou três meses na UTI da Covid-19 e graças a Deus não foi contaminado. Eu levava, em média, de 10 a 12 minutos em troca dos equipamentos de proteção individual (EPIs) para ir de um paciente a outro. Mesmo tendo todos os cuidados, me isolei completamente dos meus familiares, não vejo meus pais desde o começo da pandemia. Pois eles são idosos e não podemos correr o risco de eles ficarem expostos”, afirmou.

Fonte: Soraya Medeiros

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