HG promove ações que alertam para os riscos das arritmias cardíacas e morte súbita
Nesta terça-feira (12.11), o Hospital Geral e Maternidade de Cuiabá (HG) promove a campanha ‘Coração na Batida Certa’, para comemorar o Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita.
Para chamar a atenção para a prevenção e o tratamento destas alterações cardíacas e seus agravos, a equipe de arritmia e marcapasso do HG estará esclarecendo as dúvidas e orientando os pacientes e acompanhantes, além de distribuição de material educativo sobre o assunto.
Segundo o cardiologista e arritmologista do HG, Julio César de Oliveira, essa campanha promovida anualmente pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, no dia 12 de novembro, é importante para esclarecer dúvidas e mostrar a importância da prevenção e diagnóstico precoce das arritmias cardíacas.
“Como toda campanha, nosso propósito é de conscientizar a população. Em muitos casos, o paciente não sabe que possui arritmia e o quadro pode até se agravar. Porém, se ele tem o hábito de realizar visitas regulares ao médico, uma vez diagnosticado, o paciente poderá ser encaminhado a um especialista em arritmias cardíacas para escolher a melhor forma de tratamento e fazer o acompanhamento adequado”, afirma Julio César.
De acordo com o Ministério da Saúde, a doença atinge mais de 20 milhões de brasileiros e é responsável pela morte súbita de 320 mil pessoas todos os anos, ocupando lugar de destaque entre as causas de morte total no país e no mundo.
“Todos os anos nós promovemos e fazemos algo de diferente. Nessa terça-feira, vamos falar sobre o que é a morte súbita. Além disso, vamos atuar na prática, ensinando como é que se identifica e ajuda esse paciente, como podemos fazer a diferença de alguma forma”, ressalta o cardiologista.
A arritmia cardíaca é uma alteração que ocorre na geração ou na condução do estímulo elétrico do coração e pode provocar modificações no ritmo cardíaco. A doença pode ocorrer em pessoas saudáveis ou com predisposição genética, mas muitas vezes aparece em pessoas com fatores de risco que podem ser prevenidos, como hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, alterações nas valvas cardíacas ou disfunção da glândula tireoide.
Indivíduos diagnosticados com taquicardia, bradicardia ou que já apresentam problemas cardíacos, como infarto e insuficiência cardíaca, estão no grupo de maior risco. Quando não diagnosticada e tratada corretamente, a doença pode provocar parada cardíaca, doenças no coração e a morte súbita.
A morte súbita é uma doença silenciosa, causada por uma arritmia ventricular grave. “Muitas vezes acomete pessoas que aparentemente estão bem, e não sabem que são portadoras da doença. Geralmente, as vítimas são pacientes com diagnóstico de doença cardíaca, ou jovens com histórico de morte súbita na família. Em parte dos casos os sintomas se apresentam através de palpitações e desmaios”, revelou o médico.
Saiba mais sobre as arritmias
Existem mais de 20 tipos de arritmias que podem ocorrer em diferentes áreas do coração, como a taquicardia, quando o coração bate rápido demais, e a braquicardia, quando o ritmo é muito lento e descompassado.
Dentre elas, a mais comum é a fibrilação atrial, caracterizada pelo batimento rápido e irregular dos átrios. Atinge cerca de 2,5% da população, 175 milhões de pessoas, sendo mais comum a partir dos 75 anos. Uma das suas principais consequências é o aumento do risco do Acidente Vascular Cerebral (AVC), já que a doença pode provocar a formação de coágulos que se desprendem e provocam o derrame cerebral. Entre 15% e 20% dos AVC’s são causados pela fibrilação atrial.
As arritmias podem causar cansaço, tonteira, desmaios, palpitações, sensação de batimentos rápidos ou lentos, confusão mental, pressão alta, fraqueza e dor no peito. Outra característica importante é a frequência cardíaca, que, em repouso, deve ser entre 60 e 100 batimentos por minuto.
A melhor forma de prevenção é manter uma vida saudável. Realizar uma alimentação balanceada, fazer atividades físicas regularmente, não fumar e não exagerar no consumo de bebidas alcoólicas.
Fonte: Soraya Medeiros
Fonte: Soraya Medeiros