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Hoje é comemorado o
Dia Mundial da Prematuridade, que tem como finalidade sensibilizar a população para a problemática. A cada 100 bebês que nascem 11 são prematuros
. O Novembro Roxo chama atenção para a causa da prematuridade visando mudar essa realidade.
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No Hospital Geral está sendo realizado a Jornada da Prematuridade com os acadêmicos de medicina e com as mães dos prematuros, com palestras, bate papo, orientações de cuidados com os bebês, entre outros.
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De acordo com a pediatra e neonatologista, Gisele Couto o objetivo desta Jornada é comemorar esta data e também para dar destaque a essa população que cada vez mais sobrevive com idades menores, impondo a necessidade de um olhar e um acompanhamento especial em função das inúmeras sequelas e morbidades que eles trazem da UTI Neonatal.
No Brasil, segundo o inquérito nacional sobre partos e nascimentos, feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a taxa de prematuridade é de 11,5%, quase duas vezes superior à observada nos países europeus. Deste percentual, 74% são prematuros tardios (nascidos entre a 34ª e 36ª semana gestacional). A cada 30 segundos um bebê morre em consequência do nascimento antecipado. A média mundial de nascimentos de prematuros é de 10%, sendo que no Brasil esta taxa está acima, chegando a 12%, o que faz do país o 10º no ranking de nascimentos prematuros.
Para evitar um nascimento prematuro e, consequentemente, complicações na saúde do bebê, é fundamental que a mãe tenha um bom acompanhamento pré-natal, com os exames e consultas indicados pela equipe de saúde, além de uma atenção especial às infecções genitais, como corrimentos e infecções urinárias. “O que às vezes em uma mulher que não está grávida, costuma-se esperar alguns dias para se melhorar, em uma gestante é fundamental que ela procure o serviço de saúde. Por isso, se entre uma consulta e outra aparecer uma infecção, dor para urinar ou corrimento, é necessário procurar com urgência o profissional de saúde”, explica a pediatra Gisele Couto.
Outra questão associada ao índice de prematuridades dos bebês é o tabagismo. As toxinas do cigarro geram a diminuição do fluxo sanguíneo para o bebê, que por consequência recebe menos nutrientes e oxigênio. Além do parto antes do tempo, bebês de mães fumantes tendem a nascer com baixo peso, além de terem complicações respiratórias.
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As recomendações gerais para o cuidado com qualquer bebê prematuro é o aleitamento materno. Se para um bebê nascido em tempo normal a amamentação é importante, para um prematuro é fundamental. “O corpo humano é tão fantástico, que o leite materno se adapta às necessidades da criança. A composição do leite da mãe de um bebê prematuro muda para nutri-lo melhor. Os prematuros necessitam de proteção contra infecções, pois eles geralmente são mais suscetíveis. A amamentação ainda estimula o desenvolvimento psicomotor do bebê”, destaca a neonatologista.
Fonte: Soraya Medeiros