Hospital Geral de Cuiabá apresenta as inovações nos procedimentos cardiológicos no III Simpósio de Atualização Cardiovascular Intervencionista para Clínicos

Inovação e transmissão ao vivo de angioplastias coronarianas foram o destaque do primeiro dia do III Simpósio de Atualização Cardiovascular Intervencionista para Clínicos, que está sendo sediado no Hospital Geral e Maternidade de Cuiabá (HG), entre os dias 12 e 13 de agosto.

A presidente do HG, Dra. Flávia Silvestre destacou que este evento é de extrema relevância e significado pois um dos pilares do Hospital é o ensino científico. Além disso, todas as cirurgias são realizadas em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). “Nada melhor do que haver essa troca de experiência entre os médicos cardiologistas e hemodinamicistas para discutir os avanços mais atuais nesta especialidade”.

A Dra. Flávia se mostrou orgulhosa em apresentar, por meio do evento, o que o hospital tem a oferecer no tratamento de doenças cardiovasculares à toda sociedade mato-grossense. Ela aproveitou para abrir as comemorações dos 80 anos de fundação da instituição. “Somos referência estadual e municipal na cardiologia. Além de sermos o único hospital filantrópico a fazer as cirurgias de alta e média complexidade nos pacientes cardiológicos no Estado de Mato Grosso”, destacou.

Segundo o idealizador do evento, Dr. Danilo Arruda o III Simpósio tem como objetivo discutir temas atuais e os avanços obtidos no campo da Atualização Cardiovascular Intervencionista para Clínicos, bem como facilitar a interação entre a comunidade científica, estudantes e os profissionais desta área.

O cardiologista, Dr. Danilo explica que uma das grandes inovações deste ano, foi discutir os casos de duas cirurgias de angioplastias que foi realizada ao vivo nesta sexta-feira para os participantes e também o caso que será discutido neste sábado que é a primeira cirurgia de implante percutâneo de válvula aórtica transcateter (TAVI), que garante um tratamento menos invasivo e dispensa a permanência do paciente em UTI.

A estenose aórtica grave é basicamente um estreitamento que dificulta a abertura da válvula aórtica para a passagem de sangue, podendo causar insuficiência cardíaca, síncope (desmaio causado pela insuficiência de sangue oxigenado) e até morte súbita. A doença afeta principalmente pessoas com mais de 70 anos, sendo que os riscos aumentam com o avanço da idade.

O TAVI é um procedimento minimamente invasivo, o qual permite fazer uma correção nesta abertura. Durante o procedimento é implantada uma válvula que permite restabelecer o volume normal de passagem do fluxo sanguíneo do ventrículo esquerdo para a aorta.

Neste procedimento, o implante da prótese é realizado através de punção na virilha. A prótese é guiada por um cateter através da aorta, sob visão de radioscopia e ecocardiografia, até ser posicionada no anel aórtico. “Isso quer dizer que hoje com esse avanço, não precisamos mais fazer uma cirurgia de peito aberto nos pacientes acima de 65 anos, o que faz com que o paciente permaneça de 24 a 48 horas na UTI”, ressalta Dr. Danilo.

É possível fazer o TAVI pelo SUS?

Em junho deste ano o procedimento foi incorporado pelo SUS, possibilitando ao paciente o acesso ao tratamento de forma gratuita.

Entretanto, no momento atual, a indicação do implante percutâneo de biopróteses aórticas é restrita a um grupo seleto de pacientes que, por ser de idade avançada (acima de 65 anos) e ter comorbidades associadas, são considerados inoperáveis, pois têm contra indicação ou risco elevado para o tratamento cirúrgico convencional. Para eles, a abordagem por cateter tem elevada chance de sucesso e reduz a taxa de mortalidade quando comparada àquela esperada com o tratamento cirúrgico.

Fonte: Soraya Medeiros

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