Hospital Geral de Cuiabá é case de sucesso em projeto nacional sobre infecção hospitalar

O Hospital Geral e Maternidade de Cuiabá (HG), segue intensificando esforços na qualidade hospitalar, com o objetivo de oferecer o melhor atendimento à população. E os resultados já são visíveis, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) não registrou nenhum caso de infecção primária da corrente sanguínea associada a um cateter venoso central (IPCS-CVC), infecção em trato urinário associado a um cateter vesical de demora (ITU-AC) e pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV).

Segundo a diretora assistencial do HG, Caroline Moura, neste mês de maio o Hospital Geral de Cuiabá comemora os resultados do projeto do Ministério da Saúde Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil. “Nosso hospital foi case de sucesso, ficando em segundo melhor no país entre o grupo de 20 hospitais do HUB acompanhados pelo Hospital Sírio Libanês. Isso é motivo de muita comemoração para toda equipe”, afirmou.

 A marca é resultado da série de iniciativas realizadas pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do qual o hospital faz parte desde dezembro de 2017, junto com 120 outras unidades em todo o Brasil.

Caroline destaca que na época o HG foi o único hospital do Estado de Mato Grosso inserido no projeto. A unidade hospitalar foi selecionada em dois triênios, 2017 e 2020. “Temos 20 leitos, sendo 10 na UTI Geral e 10 na UTI Coronariana, gerando cerca de 250 diárias de UTI mês”, destaca.

A enfermeira do HG, Naila de Camargo Dalmaz ressalta ainda que a instituição intensificou a utilização de algumas rotinas de boas práticas, implantou checklists, bem como organizou diversos processos de trabalhos já existentes.

“No caso do cateter vesical de demora, percebemos que um dos motivos da permanência do paciente com o dispositivo era a lesão por pressão. A equipe tem buscado se voltar para este viés, permitindo o uso da sonda somente quando necessário. Além disso, todos vêm se conscientizando, aprimorando a higiene das mãos e tomando outras precauções que diminuem os riscos de infecção”, exemplifica a enfermeira.

O programa é formado por profissionais de medicina, enfermagem, fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia, nutrição, serviço social, odontologia e administração.

Sobre o projeto

Saúde em Nossas Mãos – Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil, é um projeto do Ministério da Saúde que visa a diminuição de infecções nas Unidade de Tratamento Intensivo (UTI’s) de hospitais públicos e filantrópicos pelo Brasil.

Esse projeto atua em 120 UTI’s e mostra que já foram evitados cerca de 2.200 episódios de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), gerando uma economia de R$ 291 milhões ao SUS.

Lembrando que em ambientes como UTI’s, onde dispositivos invasivos são utilizados com frequência para manutenção da vida, o risco de infecções hospitalares é elevado, o que pode causar complicações nos quadros dos pacientes, colocando suas vidas em risco e consequentemente prolongando o período de internação.

O Saúde em Nossas Mãos – Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil, é realizado de forma colaborativa entre os hospitais participantes do PROADI-SUS – Hospital Alemão Oswaldo Cruz, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês – junto ao Ministério da Saúde e o Institute for Healthcare Improvement (IHI).

Fonte: Soraya Medeiros

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