Janeiro Roxo conscientiza população sobre hanseníase
Neste mês de janeiro é realizada a campanha Janeiro Roxo, que visa conscientizar a população sobre a hanseníase, uma doença crônica, infectocontagiosa e que atinge a pele e os nervos periféricos. Manchas no corpo, com diminuição ou perda de sensibilidade, podem ser sinais do problema.
Este ano o tema da campanha nacional escolhido pela Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH) é: 'Todos contra a Hanseníase'.
De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), Mato Grosso tem a maior taxa de detecção da hanseníase no país. Em 2015, a taxa de novos casos da doença foram de 93 registros a cada 100 mil habitantes, totalizando 3.037 novos casos.
No ano de 2016 foram detectados 2.658 mil novos casos correspondendo a uma taxa de detecção de 80,4 registros a cada 100 mil. Entre 2009 e 2016, foram registrados 1.334 casos em crianças menores de 15 anos, o que representa 6% do total de registros.
Quanto a distribuição da doença, existem regiões hiperendêmicas que apresentam elevadas taxas de detecção. No ano de 2016 a maior taxa de prevalência da doença foi registrada na região Médio Araguaia, que tem 379 casos a cada 100 mil pessoas, seguida das regiões Vale do Peixoto, Alto Tapajós, Teles Pires, Norte, Vale do Arinos, Garças Araguaia e Baixo Araguaia.
A transmissão principal é pelas vias respiratórias superiores de pacientes multibacilares não tratados, sendo, também, o trato respiratório a mais provável via de entrada do vírus no corpo.
A hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória. Os casos diagnosticados devem ser notificados, utilizando-se a ficha de notificação e investigação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação/Investigação.
O tratamento é gratuito em todo o Brasil e dura de 6 meses a 1 ano. É a doença infecciosa que mais cega. O tratamento cura, mas o paciente pode ficar com sequelas.
Fonte: Assessoria de Comunicação
Jornalista: Soraya Medeiros
DRT/MT 1173