Pacientes do Hospital Geral fazem cirurgias inéditas com ajuda de Associações Hepato-Pancreatobiliar

Seis pacientes do Hospital Geral e Maternidade de Cuiabá que fazem tratamento de câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS), serão contemplados no dia 13 de dezembro com cirurgias que não são ofertadas pelo SUS. 

Essas cirurgias irão acontecer devido a uma parceria da America Hepato-pancreato-biliary Association (AHPBA) e Colégio Brasileiro de Cirurgia Hepato-pancreatobiliar (CBCHPB), que irão promover de forma inédita no Brasil o 1º Simpósio de Cirurgia Hepatobiliopancreática – Outreach Mission, que terá como tema “Avanços, interfaces e práticas da cirurgia hepatobiliopancreatica”.

Segundo a médica, Dra. Michelli Daltro Coelho Ridolfi esse evento contará com a participação de seis médicos renomados do Brasil e do Mundo em cirurgias do aparelho digestivo. “Iremos discutir as novas técnicas e mostrar para os participantes o avanço e tratamento das doenças das vias biliares, fígado e pâncreas”. 

Michelli explica que a cirurgia hepatobiliopancreática é um ramo da cirurgia do aparelho digestivo, que se dedica ao tratamento de doenças benignas ou malignas do fígado, vias biliares e pâncreas. 

A especialista destaca que essas cirurgias só vão acontecer porque conseguiram as doações de todos os materiais necessários e além disso, os médicos que irão fazer os procedimentos não cobraram nada para vir a Cuiabá. “O Hospital Geral é referência em tratamento de câncer pelo Ministério da Saúde (MS), ele é habilitado como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON).

Será possível fazermos essas cirurgias e dar mais qualidade de vida para esses pacientes, devido a parceria com essas associações”. 

No dia 14 de dezembro o evento será no auditório do Hotel Gran Odara, onde haverá palestras, mesas redondas, conferências e debates sobre os procedimentos cirúrgicos. 

Uma das cirurgias que serão realizadas no HG é a Estenose de Vias Biliares (é quando o processo inflamatório ou cicatrizante provoca estreitamentos da via biliar, o que impede a adequada circulação da bile para o intestino, sendo que a doença com frequência evolui para cirrose, insuficiência e carcinoma hepáticos).

O caso da paciente R.S, de 55 anos, ela retirou a vesícula há 12 anos por cirurgia convencional (de corte aberta), por conta de inflamação na vesícula durante o procedimento teve complicações que é chamada de estenoses de vias biliares. Devido a isso, teve o fechamento do canal da via biliar. Agora iremos desobstruir o canal da via biliar e fazer a retirada de um pedaço do fígado que ficou prejudicado por ter ficado tanto tempo fechado. 

Outro procedimento que será feito é a Ablação por Radiofrequência em dois pacientes que estão com câncer no fígado. 

A especialista explica que o procedimento consiste na introdução de uma agulha de radiofrequência, guiada por aparelho de tomografia, direto no tumor hepático. Ela consiste em queimar, por meio do calor, as células anormais, inserindo pequenos eletrodos no fígado. "Este procedimento é ideal para aqueles pacientes com tumores iniciais e com tamanho máximo de 5 cm de diâmetro", revela Michelli. 

A médica destaca que o câncer de fígado continua a ser uma doença altamente fatal. “Estima-se que 13% das pessoas atingidas pelo câncer de fígado sobrevivem mais de cinco anos após o diagnóstico”.

O diretor Técnico do Hospital Geral, Dr. Alexandre Maitelli ressalta o ineditismo desses procedimentos em Mato Grosso e a oportunidade de ofertá-los aos usuários do SUS. "É muito gratificante e tenho certeza que será um sucesso fortalecendo o perfil assistencial de alta complexidade do Hospital e a nossa missão e comprometimento com o ensino e a pesquisa"!

Fonte: Soraya Medeiros

Fonte: Soraya Medeiros

Convênios

Newsletter

CADASTRE-SE E RECEBA ARTIGOS E NOTÍCIAS SOBRE O HOSPITAL, SAÚDE E BEM-ESTAR.

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, e personalizar conteúdo de seu interesse, sem a coleta de dados pessoais. Ao clicar em qualquer link nesta página, você estará concordando com tal monitoramento.

Fechar