UNA-SUS/UFMA lança novo curso de vigilância voltado para o óbito infantil, fetal, materno e por causas mal definidas

Profissionais de saúde interessados em ampliar seus conhecimentos sobre vigilância do óbito infantil, fetal, materno e por causas mal definidas, já podem se inscrever no mais novo curso desenvolvido pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), integrante da Rede Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS). A capacitação em vigilância em saúde, Vigilância do óbito infantil, fetal, materno e por causas mal definidas está com matrículas abertas até o dia 24 de maio, pelo link. No Brasil, a vigilância do óbito infantil, fetal e materno é uma experiência que vem se aprimorando continuamente. A partir do fortalecimento dos sistemas de informação em saúde – como o Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) - a vigilância pode encontrar as evidências necessárias para subsidiar o desenvolvimento das políticas públicas em saúde e, consequentemente, aprimorar a atenção à saúde em todo o país. Fruto da parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (SVS/MS), o curso tem como objetivo apresentar o processo histórico da construção do Direito à Saúde no Brasil e o panorama epidemiológico da mortalidade infantil, fetal e materna e as relacionadas às causas mal definidas, fazendo uma interseção entre seus principais determinantes condicionantes e causalidade, assim como as ações exercidas pelas equipes de Vigilância em Saúde e Atenção Primária. A carga horária é de 30h, divididas em três módulos de 10h. Segundo a técnica da Coordenação Geral de Informações e Análise Epidemiológica (CGIAE/SVS/MS) e especialista do curso, Denise Lopes Porto, como o Brasil ainda apresenta taxa de mortalidade infantil possível de redução - bem como da Razão de Mortalidade Materna - é importante trazer para a formação das equipes de saúde conteúdos atualizados sobre a vigilância. “Aproximadamente 80% dos óbitos são investigados e discutidos anualmente com definição dos diagnósticos quanto aos fatores de risco. Contudo, as mudanças para redução de novos casos ocorrem de forma lenta”, explica. Denise explica ainda que considerando apenas os óbitos abordados no curso, há um grande volume de casos para investigar, em média 38 mil óbitos infantis, 35 mil óbitos fetais e 65 mil óbitos de mulher em idade fértil e 71 mil com causas mal definida. “Por isso, a necessidade de desenvolver esse curso. Assim, as equipes locais podem se apropriar dessa informação e propor ações que sejam compatíveis com as reais necessidades locais, envolvendo redução dos fatores relacionados com a ocorrência desses óbitos”, arremata. Para a conteudista do curso, e técnica da CGIAE, Raquel Barbosa de Lima, o conjunto de ações realizadas pela vigilância permite, principalmente, conhecer em que circunstâncias ocorreram os óbitos maternos e infantis. “Nesse contexto é possível identificar oportunamente os fatores de risco e com isso implementar ações de cuidados evitando novos eventos. As informações produzidas são compartilhadas, sobretudo pelas equipes de vigilâncias municipais, de Unidades Básicas de Saúde e de hospitais de forma mais ágil para as gestões locais e com isso proporcionar maior agilidade na correção das fragilidades encontradas”, elucida. De acordo com a coordenadora de ofertas da UNA-SUS/UFMA, Elza Bernardes Monier, conhecer o perfil epidemiológico é fundamental para o delineamento de medidas efetivas para melhoria dos indicadores relativos à mortalidade materna, infantil e fetal. “Assim, será possível o emprego de taxas e determinantes da mortalidade infantil, fetal e materna no processo de trabalho da Vigilância em Saúde”, pontua. Para isso, o curso traz o panorama dos indicadores de mortalidade infantil, fetal e materna e seus determinantes, focando nas áreas de maior incidência. “Também será discutida a vigilância do óbito como atividade inerente à Vigilância em Saúde para garantir a qualidade do processo de notificação e investigação dos óbitos”, finaliza.

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